quarta-feira, 16 de julho de 2008

A um amigo que foi mas voltou

Amigo,

Em primeiro lugar queria dizer que estou imensamente feliz. Você está de volta na minha vida. E não como um mero passante. Como uma pessoa a quem apenas dirijo simples e vagos cumprimentos. Mas como alguém com quem eu posso conversar. Sobre tudo e sobre nada. Talvez não como no passado. Mas já é bastante significativo pra mim.

A imaturidade nos separou. Por alguns longos (ou nem tanto assim) anos. E, durante esse tempo, amadurecemos. A vida nos ensinou mais do que qualquer parente, escola ou universidade poderia nos ensinar. As lições foram duras, a palmatória do sofrimento nos castigou. Mas sobrevivemos.

E hoje fico feliz de saber que posso te contar como foi. De dizer que, se sou quem eu sou agora, foi por tudo que já me aconteceu. E você está no meio desse “tudo”. Durante o período que passei sem sua amizade, a menina boba e imatura cresceu. A duras penas, é verdade. E, embora eu ainda não aceite isto muito bem, sou uma adulta.

Não sei se seria mais fácil ou mais difícil com você por perto. Até porque surgiram novas pessoas, novas circunstâncias, novos ambientes, novas necessidades. No entanto, houve momentos em que senti saudade. Não vários, não raros. Mas houve. E nesses momentos só podia contar com as lembranças, já que com você eu não podia. Não sei se te fiz falta. Talvez sim, mas acho muito improvável. De todo modo, prefiro não saber. Uma dor a menos é sempre bom!

Bem, o destino se encarregou de nos colocar na vida um do outro novamente. Pelo menos pra mim, alegria, alegria! É engraçado ver o que mudou, o que ficou no lugar. É bom ver que as mudanças endurecem a casca, mas não alteram o miolo. E cicatrizes contam histórias. Quero muito saber o que cada marca na sua alma tem a dizer.

Só te peço uma coisa: por favor, não suma de novo. Quando ficar bravo comigo, grite, xingue, esperneie. Mas não desapareça. Não sei se você se lembra, mas eu sempre te dizia que achava um absurdo as pessoas só dizerem “eu te amo” para namorado/as e afins. Que amor era muito mais amplo do que isso. E era eterno. Por isso posso te dizer sem medo, amigo: eu te amo.

Beijos da amiga que te quer muito bem

5 comentários:

Unknown disse...

E ainda me chama de poeta, uma poetisa profunda e realista como esta.....
Lindo viu Carol!!!!
Xeru

Pequenas Notícias disse...

Esse não fui eu quem fiz!
HAUHuauHUAHUah
Foi Roberta!
=***

Clarissa Fracesinha disse...

Lindo mesmooo
menina essa carta mecheu muito comigoo
tenho uma historia parecidissima

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Que lindo...a vida é assim mesmo,as pessoas as vezes são como as estações do ano, pq tudo na vida é ciclico...daí muitos acabam retornando e nos encontram amadurecidos e fortalecidos, pq sempre estamos em eterna evolução...mas que é muito bom o retorno de um amigo, isso é...melhor ainda quando não disperdiçamos a oportunidade de dizer EU TE AMO...