terça-feira, 22 de julho de 2008

A uma infalível companheira

Dor,

Não sei dizer se você é amiga ou inimiga. Contudo, sei que você esteve presente em vários momentos da minha vida. Mal eu cheguei ao mundo, meus pulmões se encheram de ar, e lá estava você, me dando boas vindas e mostrando que, dali por diante, estaria sempre por perto.

E esteve. E o engraçado que não só nos momentos tristes. Senti sua presença também nos momentos de superação. Sabia que você me ajuda? Me fortalece! Toda vez que você aparece minha primeira reação é me sentir mais fraca. Mas logo me vêm à mente as palavras da epístola de Paulo: “Quando eu sou fraco é que sou forte”. E aí começa um embate dentro de mim. Eu te expulso de dentro de mim. Mas não fico vazia, não. Quando você se vai, a força ocupa o seu lugar.

Não que eu não goste de você. É fato que a maioria das pessoas não te suporta. Nem eu, em certos momentos. No entanto, às vezes aprecio a sua companhia. Sua presença me deixa mansa. E sempre me faz pensar, e ver coisas que sei que jamais veria sem você. Não posso deixar de agradecer pelas lições ensinadas.

Sou grata. Mas queria lhe pedir um favor: me visite com menos freqüência.

Saudações da sua eterna aluna

Um comentário:

Unknown disse...

Costumo iniciar meu ano letivo dizendo aos meus alunos que tenho duas formas de ensinar e que dependerá deles a escolha: uma é com amor, essa é a primeira forma e a minha preferida, só que se não funcionar eu uso a segunda forma: com a dor...é assim na vida também, ou aprendemos com amor, ou aprendemos com a dor...por isso muitas vezes a dor é inevitável para que possamos aprender certas lições...chegará o dia que aprenderemos só com o amor, mas primeiro precisamos aprender a amar...